Segundo artigo do jornal inglês "The Independent" um grupo de especialistas examinou 20 anos de evidências, vindas de várias disciplinas e afirmam que questionamentos a essa teoria não se comprovam.
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"CPI" confirma que impacto de asteroide matou dinos
Comitê de 41 especialistas descarta vulcanismo como explicação mais provável
Grupo examinou 20 anos de evidências, vindas de várias disciplinas; colisão ocorreu na época certa, ao contrário do que alegavam os "céticos"
Alguns dizem que eles morreram por serem burros demais, outros que eles se afogaram no próprio esterco. Mas a verdadeira razão pela qual os dinossauros se extinguiram, 65,5 milhões de anos atrás, foi agora ratificada: uma colisão de um gigantesco cometa ou asteroide com a Terra.
Uma extensa investigação realizada por um painel de 41 especialistas do mundo inteiro -uma espécie de "CPI" sobre o assunto- concluiu que a hipótese do impacto extraterrestre é a única que sobrevive ao escrutínio científico.
Os cientistas revisaram mais de 20 anos de evidências de várias disciplinas científicas. Descobriram que a única concorrente séria para a hipótese do impacto -uma série de erupções vulcânicas que aconteceram na mesma época e levantaram o platô do Decã, na Índia- não era capaz de dar conta do sumiço dos dinos e de metade das espécies que compartilhavam o planeta com eles.
As erupções do Decã não teriam liberado gás venenoso o suficiente por um período longo o suficiente para causar a extinção em massa.
"Se você combina todas as evidências, elas pendem fortemente em favor de uma colisão gigante de asteroide", disse Jo Morgan, cientista do Imperial College de Londres. Ela é coautora do estudo, publicado ontem no periódico "Science".
Ela continuou: "O prego final no caixão dos dinossauros aconteceu quando o material do impacto foi ejetado em alta velocidade na atmosfera. Isso cobriu o planeta em trevas e causou um inverno global". A fotossíntese teria sido interrompida e os dinossauros teriam morrido de fome.
A teoria de que o impacto de um bólido celeste matou os dinossauros data dos anos 1980, quando o físico Luis Alvarez e seu filho, o geólogo Walter Alvarez, acharam uma camada de irídio, um elemento químico raro, em sedimentos formados 65,5 milhões de anos atrás.
A mesma camada de irídio -hoje conhecida como barreira K-T (Cretáceo-Terciário)- foi encontrada em mais de cem sítios no mundo. Como asteroides são ricos em irídio, isso sugeria uma colisão que espalhara destroços por todo o planeta. Além disso, fósseis abaixo da barreira K-T sugeriam uma abundância de espécies, enquanto os fósseis acima dela sugeriam extinção em massa.
Alguns anos mais tarde, geólogos na península de Yucatán, no México, descobriram anomalias gravitacionais e magnéticas que denunciavam a existência de uma cratera de 200 km no litoral. Estudos posteriores sugeriram que a chamada cratera de Chicxulub foi resultado da colisão com um bólido de 10 km de diâmetro.
Céticos como Gerta Keller, da Universidade de Princeton, sugeriam que o impacto de Chicxulub ocorrera 300 mil anos antes da extinção em massa e, portanto, não poderia ter sido a causa da extinção. O novo estudo, porém, confirma que a data da colisão é perfeita para explicar o cataclismo.
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