28.12.09

Zeitgeist, o Filme

Zeitgeist, o Filme





























Pensei em escrever uma resenha sobre o "Zeitgeist, o Filme" que assisti no último final de semana.

Sabia que o video estava disponível no Google Vídeos já faz alguns anos. Mas nunca tive paciênciência de assistir.

Zeitgeist, o Filme (Zeitgeist, the Movie, no original) é um filme de 2007 produzido por Peter Joseph, aborda temas como Cristianismo, ataques de 11 de setembro e o Banco Central dos Estados Unidos da América (Federal Reserve).

Mas ao procurar informações sobre ele... Encontrei uma exelente resenha escrita por Marcos Fayad para a Revista Bula. Veja o que ele diz:
"(...)

É perturbador, desconcertante, um atentado terrorista contra a mentira. Costura uma impressionante relação entre o Cristianismo, o 11 de setembro e os grandes bancos internacionais. Nitroglicerina pura. E, para deixar os banqueiros ainda mais indignados, é de graça. Zeitgeist não tem fins lucrativos e está na internet. Desde junho de 2007, já foi visto mais de 10 milhões de vezes (só na sua versão em inglês) e já é o filme on-line mais assistido da história.

É um daqueles filmes que eles não querem que você veja. Mas atenção: é um filme para ser visto apenas por aqueles que querem pensar e questionar as verdades estabelecidas — portanto, não é para qualquer um. Gente comum, bem comportada e acomodada vai detestar.

A capacidade de nos agitar o pensamento e duvidar das certezas a que somos levados a acreditar e das verdades absolutas que a sociedade nos impõe, são provavelmente as maiores virtudes de filmes/documentários deste gênero.

Para assistir a Zeitgeist é preciso estar desarmado e esquecer tudo o que você sabe sobre os mitos religiosos do cristianismo, por exemplo, e aprender sobre suas conexões com a astronomia e as crenças pagãs de onde os mitos cristãos foram plagiados. É duro de admitir e, por sua lógica incontestável, descobrimos que estamos sendo enganados desde a época do imperador Constantino da Roma antiga.

(...)

O leitor não vai conseguir evitar o choque com o que vai saber pelo filme, mas mesmo chocado deve agradecer o privilégio de fazer parte de uma minoria no mundo que não vai mais morrer tão ignorante e, pior, com a boca cheia de formiga."

Leia a resenha completa na Revista Bula clicando aqui.

Agora, melhor que ler a resenha é assistir o filme.

Recomendo. Se tiver coragem.

Clique aqui assistir legendado em português no Google Vídeos (1:58:00)

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México

49 milhões de mexicanos enfrentam algum grau de insegurança alimentar!

O direito de ter acesso a alimentação é um tema pendente no México. Foto Óscar Alvarado

O jornal mexicano La Jornada publicou artigo de Angélica Enciso que afirma:

"Aproximadamente 49 milhões de mexicanos -- 45,8% da população nacional -- enfrentam algum grau de insegurança alimentar. Destes, 23 milhões tem sérios problemas de acesso a alimentação, sendo claro, deixam de comer um dia ou de fazer alguma refeição por não terem recursos econômicos para isso."

Esses dados são resultado da "Medição Muldimensional da Pobreza", pesquisa realizada pelo Consejo Nacional de Evaluación de la Política de Desarrollo Social (Conselho Nacional de Evolução da Política de Desenvolvimento Social), cujo metodologia oficial é estabelecida por lei. Ou seja, não se trata de manipulação contra o atual governo de Felipe Calderon (considerado por boa parte da população mexicana como ilegítimo, por ser fruto de uma grande fraude eleitoral).

Comparando com os dados da mesma pesquisa de 2008, ocorreu uma ampliação 3,5 milhões de cidadãos mexicanos nessa situação insegurança alimentar.

Leia matéria completa clicando aqui.

Afeganistão

Guerra no Afeganistão: mais um fato do absurdo


Soldado afegão em frente a um dos dois caminhões-tanque bombardeados em setembro, em Kunduz, no Afeganistão.


A revista alemã Der Spiegel publicou uma entrevista com um sobrevivente da explosão dois caminhões de combustível, em Kunduz.

Os caminhçoes explodiram após ataque de aviões dos EUA.

O sobrevivente era Abdul Malek, motorista afegão de um dos caminhões. Ele explica, quando perguntado como começo o sequestro:
"Naquele dia, saímos de Kunduz com os dois caminhões-tanque por volta das 12h30 em direção a Cabul, no sul. Logo depois que saímos, meu veículo quebrou, então fomos obrigados a parar. Depois que o consertamos, retomamos a viagem. Mas alguns minutos depois, fomos parados por cerca de 25 homens armados, que estavam bloqueando a estrada."
E continua explicando:
Ficou imediatamente óbvio para nós que os homens pertenciam ao Taleban. A única coisa incomum era que eles estavam muito mal vestidos e nem sequer usavam sapatos. Eles nos ameaçaram e disseram que eram tão pobres que queriam levar os caminhões-tanque para seu vilarejo, Omar Khel, que fica a sudoeste de Kunduz. Lá, eles queriam sifonar o combustível para fora dos caminhões. Eles disseram que precisavam do combustível dos caminhões em seus vilarejos. Eles disseram que atirariam em nós se mostrássemos alguma resistência.
Perguntado sobre quem e quantos eram as pessoas que roubavam o combustível ele explica:
É difícil dizer; havia muitas pessoas. Em determinados momentos, havia 200 pessoas em volta dos caminhões, esperando tirar algum combustível de graça. Foi um caos completo. Cerca de 40 a 50 homens estavam armados. Eles fizeram com que as pessoas ficassem em filas. O resto parecia ser de moradores locais, embora alguns tivessem os rostos cobertos. Com certeza as pessoas eram apenas agricultores comuns dos vilarejos, mas muitas delas conheciam os militantes Taleban armados. Elas os cumprimentaram pelos nomes e agradeceram pelo combustível. Nesses vilarejos, é difícil dizer quem é do Taleban e quem não é.
Lendo a entrevista, me lembrei da história Robin Hood e sua luta para roubar dos ricos para dar aos pobres. Ele seria então um terrorista do período feudal?

A entrevista prossegue. Quando as bombas cairam ele descreve:
Nunca esquecerei esse momento. Em primeiro lugar, houve um barulho alto, como o que você ouve quando um gerador entra em curto-circuito. Depois veio um flash brilhante. Eu simplesmente me deixei cair para frente e entrei debaixo d'água. Mesmo de lá, pude sentir a onda de choque. Por alguns segundos, ficou claro como o dia. Até a água ficou quente. Quando eu saí da água, toda a área em volta do caminhão tanque estava em chamas. Parecia que o chão estava cuspindo fogo, embora fosse apenas o combustível dos caminhões. Estava insuportavelmente quente. Havia corpos por toda parte; eles estavam completamente carbonizados.

(...)

Eu estava em choque. Acredito que havia cerca de 120 pessoas antes do bombardeio; apenas algumas sobreviveram. Ainda vi alguns militantes do Taleban; eles estavam correndo do lugar com suas armas. Eu estava com muito medo, então corri o mais longe que pude. Cheguei a uma plantação de arroz, onde fiquei sentado encolhido até de manhã. Durante toda a noite, eu ouvi homens carregando os feridos e mortos do lugar; mas eu não queria ver mais nada. Toda noite, eu vejo essas imagens nos meus sonhos. Eu nunca conseguirei superar de fato essa noite no rio Kunduz.
Fico pensando...

Qual será o custo de colocar três aviões de combate no ar? Quanto custa cada bomba disparada contra esses caminhões? O seguro das cargas não era mais barato que toda essa operação? E a vida dos inocentes que apenas queriam um pouco de combustível para viver?

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A guerra no Afeganistão segue sendo uma vergonha para toda humanidade.

Leia a entrevista completa clicando aqui.

25.12.09

COP15

"Não existe aquecimento global", diz o meteorologista Luiz Carlos Molion

Em entrevista realizada para o UOL Ciência e Saúde, o professor Luiz Carlos Molion, representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM) e professor da Universidade Federal de Alagoas.


Luiz Carlos Molion

Na entrevista, Molion explica que existe uma manipulação dos dados sobre o clima planetário. Cita o vazamento na internet informações comprometedoras. Ele diz:
"Há umas seis semanas, hackers entraram nos computadores da East Anglia, na Inglaterra, que é um braço direto do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática], e eles baixaram mais de mil e-mails. Alguns deles são comprometedores. Manipularam uma série para que, ao invés de mostrar um resfriamento, mostrassem um aquecimento."
A questão é política segundo o meterologista. Para ele:
"Na verdade, o aquecimento não é mais um assunto científico, embora alguns cientistas se engajem nisso. Ele passou a ser uma plataforma política e econômica. Da maneira como vejo, reduzir as emissões eu interpreto como sendo como reduzir a geração da energia elétrica, que a base do desenvolvimento em qualquer lugar do mundo. Como existem países que têm a sua matriz calcada nos combustíveis fósseis, não há como sem diminuir a geração de energia elétrica - que vai ser necessária – sem reduzir a produção. Vão existir muitas promessas, mas não vão cumprir, porque reduzir emissões significa redução de energia elétrica."
Leia a entrevista inteira clicando aqui.

18.12.09

COP15

COP15 "é uma farsa" diz geógrafo Aziz Ab'Sáber

A jornalista Carolina Oms fez uma boa entrevista para a página do Terra Magazine com o professor da USP, Aziz Ab'Sáber. Nessa entrevista o professor apresenta seu ponto de vista sobre a tão falada Cúpula do Clima da ONU (COP-15) em Copenhague, Dinamarca.


Perguntado sobre as apocalípicas previsões de desertificação das florestas, o Ab'Sáber respondeu na lata:
"Mas essas observações de que o aquecimento global vai derrubar a Amazônia são terroristas! Há um aquecimento? Sim, seja ele mediano ou vagaroso, mas, quanto mais calor, a tendência, no caso da mata Atlântica e da Amazônia, é que elas cresçam e não que sejam reduzidas."
Sobre as transformações no clima e o aquecimento global, foi ainda mais duro frente as inúmeras declarações:
"Esse ano é um ano anômalo, El Niño funcionou por causa do aquecimento do Pacífico equatorial, a umidade veio pra leste, bateu na Colômbia, lá houve problemas sérios, inundações. Aqui, essa massa de ar úmida entrou pela Amazônia e outras regiões sul-sudeste, e perturbou todo o sistema de massas de ar no Brasil. E continua, isso vem desde novembro do ano passado até hoje. Quando o pessoal diz: "Olha, está muito calor, o aquecimento!", eles não sabem as consequências das perturbações climáticas periódicas. E aí entra o problema da periodicidade climáticas que ninguém fala! Se não falarem disso lá em Copenhague, será uma tristeza para a climatologia. A periodicidade do El Niño é de 12 em 12, 13 em 13, ou 26 em 26 anos. Então ontem, no jornal, alguém disse: "O último ano que fez tanto calor foi em 1998". Há 11 anos, a medida do El Niño, então esse calor, essas chuvas, é um tempo diferenciado provocado pelo El Niño."
Vale a pena ler. Desmistifica muito das bobagens que tanto tem aparecido na imprensa em geral (TV, Revistas, Jornais, Internet).

Clique aqui para ler a entrevista inteira.

17.12.09

Drogas, bancos e crise do capitalismo

O professor Lino Martins divulgou em seu blog uma interessante nota feita a partir de um artigo do jornal The Guardian com uma entrevista com o Diretor Executivo do Escritório da ONU para as Drogas e o Crime Organizado (UNODC).

Vale a pena ler. É de profunda relevância para entender o lugar das Drogas, do narcotráfico no capitalismo na atualidade.

Drogas, bancos e crise do capitalismo


Antonio Maria Costa
O responsável da ONU pelo combate ao crime e ao tráfico de drogas, o italiano Antonio Maria Costa acusou o sistema financeiro de ter recebido dinheiro sujo como forma de resolver os problemas de liquidez que enfrentava. “Os empréstimos interbancários foram financiados por dinheiro vindo do tráfico de drogas e outras atividades ilegais”, disse ontem (13/12/2009) em declarações ao jornal Guardian da Inglaterra.

Segundo ele “A ONU observou evidencias de que o único investimento líquido de capital que foi disponibilizado a alguns bancostem origem nas gangues de crime organizado, algo para o qual foi alertado por agências de combate ao crime há cerca de 18 meses. Em muitos casos, o dinheiro da droga era a única liquidez disponível. Na segunda metade de 2008, a falta de liquidez era o maior problema do sistema bancário, logo ter liquidez em capital tornou-se um fator muito importante”, salientou ao jornal britânico.

Antonio Maria Costa ainda revelou que algumas das provas a que o seu departamento teve acesso mostram que muito deste dinheiro sujo foi mesmo aproveitado para salvar algumas instituições financeiras em risco devido ao congelamento dos empréstimos interbancários. “Há sinais de que alguns bancos foram salvos com tais operações”, acusa sem pruridos, negando-se porém a nomear bancos ou países que possam estar envolvidos. “O dinheiro faz agora parte do sistema e já foi lavado”, sentencia o representate da ONU.

Revolução Venezuelana: "A Revolução Não Será Televisionada"

Nas minhas aulas de atualidades e de história sobre a América Latina sempre que abordo o processo revolucionário em curso na Venezuela cito o filme "A Revolução Não Será Televisionada".

Esse documentário é histórico pelas própris circustâncias.

Uma equipe de TV irlandesa fazia um documentário sobre o dia-a-dia do presidente Hugo Chávez, acaba por acompanhar o dia-a-dia de uma tentativa de golpe de estado e um contra-golpe popular dentro e fora do palácio presidencial.

Trata-se de um filme imperdível. Para saber mais sobre o documentário, clique aqui.

Publico o primeiro trecho do filme e deixo os links do restante abaixo.

Prepare a pipoca e deixe o caderno por perto para fazer as anotações sobre o filme. Pois nesse caso, o vídeo é estudo.

A Revolução Não Será Televisionada (Parte 1/10)




A Revolução Não Será Televisionada (Parte 2/10)

A Revolução Não Será Televisionada (Parte 3/10)

A Revolução Não Será Televisionada (Parte 4/10)

A Revolução Não Será Televisionada (Parte 5/10)

A Revolução Não Será Televisionada (Parte 6/10)

A Revolução Não Será Televisionada (Parte 7/10)

A Revolução Não Será Televisionada (Parte 8/10)

A Revolução Não Será Televisionada (Parte 9/10)

A Revolução Não Será Televisionada (Parte 10/10)

O passar do tempo

Recebi numa lista de ciências da informação o artigo abaixo.

Ele é a reflexão muito interessante de Aldo de A. Barreto, pesquisador do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - IBICT sobre a velocidade do tempo.

Vale a pena ler.

O passar do tempo

O tempo esta passando tão depressa que parece até que o tempo tem cada vez menos tempo para passar. Este foi um mote para publicitar uma Cia. de Seguros anos atrás, mas serve para exemplificar a velocidade com que sentimos o passar do tempo nesta contemporaneidade.

A velocidade nas nossas transações correntes trazida pela internet, principalmente após a socialização da web em 1995 é certamente uma das razões para isso. A informação que, antigamente, pautava nossa vida vinha no compasso do navio ou do cavalo. O Brasil é um país de informação tardia pela sua condição de colônia. O deslocar da família real portuguesa de Lisboa para o Brasil em 1808 trouxe como apêndice a Imprensa Regia viajando em navio da frota de nome "Medusa" aquela senhora que tem cobras na cabeça. Dizem as línguas mais afiadas esta é a razão dos dotados com o escrever terem aversão a espelhos e pedras.

Na vagarosidade de 1808, o jornalista Hipólito José da Costa imprimia na Inglaterra o Jornal "Correio Brasiliense" e cada edição despachada de navio para o Brasil chegava com as últimas notícias três meses após a impressão e saída da Europa. Eram conteúdos tardios, pois, ao chegar outras já eram as temáticas do momento. No Brasil do início do século passado a informação chegava às grandes fazendas e depois era ia se adentrando ao interior no lombo de cavalos e burros.

Paul Virilio fala de velocidade da informação comparando-a com a evolução dos motores. O seu último motor e o mais veloz é o motor informático, da velocidade do tempo online, o tempo no entorno de zero. É o motor que coloca o homem em uma realidade do agir digital. A informação online modifica toda a afinidade com o real e permite vivenciar uma realidade potencial: da convivência sem presença física. Consente, também, uma velocidade que interatua em todas as condições de uma nova relação da informação, as trocas e o mercado.


Tudo isso nos traz a impressão de o tempo estar passando mais depressa que usava passar. Então, o físico alemão, W.O.Schumann constatou em 1952 que a Terra é cercada por um campo eletromagnético poderoso que se forma entre o solo e a parte inferior da ionosfera, cerca de 100 km acima de nós. Esse campo possui uma ressonância mais ou menos constante, da ordem de 7,83 pulsações por segundo. Funciona como uma espécie de marca-passo, responsável pelo equilíbrio da biosfera, condição comum de todas as formas de vida.

Por milhares de anos as batidas do coração da Terra tinham essa freqüência e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio. Ocorre que a partir de anos 1980, e de forma mais acentuada a partir de 1990 com a Internet, a freqüência passou de 7,83 para 11 e para 13 hertz por segundo. E o passar do dia poderia ter então 16 horas ao contrario das 24 habituais. Era o que teorizava a sua Ressonância Schumann. Apesar disso os relógios atômicos continuam a marcar vinte e quatro horas para cada dia e os cientistas não endossam com vigor os achados da ressonância em suas condições práticas.

A sensação de um tempo indo mais rápido, contudo existe, e pode ser atribuída a uma forte indução ao consumo feito pelos meios massivos de comunicação que procuram pautar nosso cotidiano no futuro para seu próprio benefício de vendas. Quanto mais vende o comércio mais encomendas têm a indústria e todos têm mais dinheiro para atribuir às verbas publicitárias dos meios de comunicação. Na agenda do consumo programado vivemos sempre no futuro.

Assim, por um interesse mútuo dos meios, anúncios, consumo somos incentivados a viver sempre além do presente. Em outubro somos jogados para viver dezembro num jingobels de compras natalinas, em janeiro ante vivemos a alegria do carnaval de fevereiro; em março os chocolates da páscoa mais além, depois o dia das mães em maio, dos namorados em junho, dos pais em agosto, das crianças em outubro e já esta na hora de agendar o futuro natal de novo. Apressamos a chegada do futuro embora o tempo e as ressonâncias nada tenham a ver com isso.

Para os que não têm esta opção de consumo exacerbado, a parte mais desprovida da população, o tempo passa inexoravelmente a cada hora na aflição de um dia de 24 horas.

Para saber mais sobre Ressonância Schumann, clique aqui (em espanhol)


Aldo de A. Barreto
Pesquisador sênior do Cnpq Pesquisador titular do IBICT no Rio de Janeiro.
Blog: http://avoantes.blogspot.com/
Url pessoal: http://aldo.barreto.name/


10.12.09

Imagem do dia: Mapa

Mapa histórico: Orbis Terrarum Nova et Accuratissima Tabula, 1700 de Nicolao Visscher
Para ver em alta resolução, clique aqui.

Histórias em Quadrinhos e atualidades no vestibular

As histórias em quadrinhos são uma ótima opção para aprender atualidades e história com prazer e diversão.

A mais importante publicação de atualidades, o Guia do Estudante - Atualidades Vestibular + ENEM sempre dedica páginas com sugestões de obras para leitura.

Eu que trabalhei anos como editor de quadrinhos e sou leitor de HQs desde de que aprendi a ler, também considero que os quadrinhos podem ajudar muito nas provas do Vestibular e do ENEM.

Por isso publico a dica abaixo de que a Devir, livraria e editora especializada em quadrinhos, está realizando um grande evento no próximo final de semana:
Devir realiza a Maratona HQ

A editora Devir realiza a partir desta quinta-feira, dia 11, às 22h, a quinta edição da Maratona HQ, um evento que reúne fanáticos por quadrinhos.

O evento segue até domingo, às 16h, acontece uma vez por ano e oferece quadrinhos importados e nacionais com descontos de 20% até 80%.

Dentre os destaques, vários títulos de RPG; feira de jogos e quadrinhos usados; gincana de quadrinhos; caricaturas; quadrinhos independentes; palestras; oficinas; presença de artistas; e muito mais.

O evento traz ainda os Contos da madrugada, a criação de uma HQ da meia-noite às seis da manhã, aberta aos autores e desenhistas presentes e que quiserem participar.

Confira a programação completa do evento e outras informações clicando aqui.

A Maratona HQ será realizada na Rua Teodureto Souto, 624 - Cambuci. São Paulo/SP. Informações pelo telefone 11 2127-8787.

Marcelo Naranjo in "Universo HQ" - 07/12/2009


Não sabe por onde começar? Algumas sugestões de leitura para vocês:

Os três livros de Guy Delisle publicados pela editora Zarabatana são ótimos para entender o leste asiático: Pyongyang (Coreia do Norte), Crônicas Birmanesas (Myanmar) e Shenzhen (China)


O livro do autor espanhol Angel de La Calle, Modotti, uma mulher do século XX , publicado pela Conrad não é apenas uma biografia dessa artista, comunista e feminista italo-mexicana. É mais do que isso. É um livro sobre a história das vanguardas intelectuais e políticas do começo do século XX.


Outro livro espetacular é A Relíquia do Eça de Queiróz, adaptado pelo gênio dos quadrinhos nacionais Marcatti. A obra além de seu valor literário tem um importante valor histórico, como explica o prefácio, ao situar esse clássico da literatura portuguesa como um manifesto anticlerical.


Outro autor que deve estar na lists de leitura é Will Eisner. Ele é para muitos, o mais importante nome da narrativa gráfica (uma das nomeclaturas dos quadrinhos). Ele fez inúmeras adaptações e escreveu belas histórias que valem a pena serem lidas. A Devir publicou várias delas e a Companhia das Letras publicou algumas outras, entre elas o O Complô, livro sobre a farsa dos Protocólos dos Sábios de Sião.


Outro autor que merece atenção é Fernando Gonzalez e seus bichos de todos os tipos, mas em particular seu rato Níquel e sua barata Náusea da tiras de Níquel Náusea.


Não chega a ser uma recomendação para estudo, mas é ótimo para relaxar. Vejam uma tirinha:



O gênero do jornalismo em quadrinhos tem um pai: Joe Sacco, o quadrinista maltês, radicado nos EUA.


Sua obra toda é obrigatória para quem quer entender os conflitos na Palestina com os livros Palestina: uma nação ocupada e Palestina: na Faixa de Gaza e sobre os Balcãs com Goradze e Sarajevo.


Você já se perguntou onde foram parar os negros escravizados na Argentina? A Guerra do Paraguai para as terrar portenhas foi um instrumento de limpeza étnica, mais que a ação do Duque de Caxias na mesma guerra no Brasil. Mas os autores Hugo Pratt e Millo Manara mostram um pequeno corte na história da Argentina, ainda com seus terreiros na obra El Gaúcho.


MAUS - A história de um sobrevivente de Art Spiegelman é outro livro obrigatório.


Essa premiada obra retrata a Segunda Guerra Mundial de modo devastador. Ele filho de sobreviventes do holocausto nazista. Imperdível.


Tanto falau do Irã nos últimos dias, com a visista de Mahmoud Ahmadinejad, presidente dessa república islâmica, ao Brasil.


O Irã, alvo predileto dos analistas, sobre uma potencial nova guerra no Oriente Médio, é retratado em Persépolis (edição completa) de Marjane Satrapi. Essa obra também foi adaptada para Cinema e DVD em animação.


D. JOÃO CARIOCA - A corte portuguesa chega ao Brasil (1808-1821) é um divertido HQ sobre o Brasil, capital do Império Português. Escrito pela historiadora Lilia Moritz Schwarcz e desenhado pelo Spacca.


Sobre o Brasil colonia há Hans Staden - Um Aventureiro no Novo Mundo de Jô Oliveira. Esse livro é uma adaptação em quadrinhos do primeiro livro escrito sobre o Brasil, pelo aventureiro alemão que esteve no Brasil no século XIV e foi preso pelos Tupinambás e quase virou o prato principal das refeições deles.


Já sobre a Velha República há o espetacular Chibata - João Cândido e a revolta que abalou o Brasil que resume de modo belo a vida desse herói do povo brasileiro e de sua luta contra os castigos físico nas Marinha Brasileira. E João Cândido é herói mesmo.

No ano passado, por iniciativa do senador Paulo Paim (PT-RS), o presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva incluíu Cândido no Livro de Aço do Pateão da Pátria e da Liberade - Tancredo Neves, também conhecido como Livro dos Heróis da Pátria. Mais que qualquer X-Men ou Superman, João Cândido foi um herói negro do povo brasileiro. E essa história escrita por Hemetério e Olinto Gadelha merece estar em todas as bibliotecas.



Está sem grana? Quer ler sem pagar?

Para quem estiver sem grana e quiser ler, pode ir até a Gibiteca Henfil, no Centro Cultura São Paulo (Av. Vergueiro, 1000 - em cima da estação do Metro Vergueiro). Lá dá para ler essas HQs e muitas outras gratuitamente.

9.12.09

Inscrições abertas!

Extensivo 2010 - De março a dezembro
É hora de se preparar para o próximo anos desde o começo!

Mais informações: www.cursinhohenfil.org.br

Centenário da revolução da Revolução Mexicana • 1910 - 2010

Está entre meus objetivos escrever bastante no próximo ano acerca da Revolução Mexicana de 1910.

É a segunda revolução do século XX (a primeira foi a Revolução Russa de 1905).

Com toda certeza será um tema de enorme importância. Colóquios, seminários, debates e palestras serão promovidos. Livros serão publicados. Documentários e filmes serão lançados.

E estará na pauta inclusive dos vestibulares e do próprio ENEM, pela influência sobre os acontecimentos em curso no México hoje e na América Latina (particularmente Honduras, Venezuela, Equador e Bolívia).

UM SONHO CENTENÁRIO

Publico um texto que sintetiza um pouco a visão de uma das mais importantes figuras da revolução, Pacho Villa (1878-1923), líder do exército nortista na revolução.

Pancho Villa, em primeiro plano

Foi registrado pela mão de um dos mais importantes jornalistas do século passado.

John Reed
, foi em sua época o jornalista mais bem pago do mundo.

Jonh Reed

Esteve entre os revolucionários mexicanos, cobriu a I Guerra Mundial nos Balcãs e escreveu o livro Dez dias que abalaram o mundo, mais importante relato da Revolução Russa de 1917, cujo prefácio é de ninguém menos que Vladimir Ilich Lenin, o principal lider da revolução de outubro.

É o único não soviético enterrado na Praça Vermelha em Moscou, como um dos heróis da revolução de 1917.

Isso é curriculo o bastante para ser lido. Mas ele ainda se divertiu muito no mundo. Seu estilo abriu o caminho para o New Journalism, o estilo de fazer jornalismo como literatura.


SONHO DE PANCHO VILLA
Não deixa de ser interessante conhecer o apaixonado sonho, a quimera que anima a esse lutador ignorante “que não tem bastante educação para ser presidente do México”. Contou-me uma vez com essas palavras: “Quando se estabelecer a Nova República, não haverá mais exército no México. Os exércitos são os maiores apoios da tirania. Não pode haver ditador sem seu exército. Poremos o exército para trabalhar. Serão estabelecidas em toda a República colônias militares, formadas por veteranos da revolução. O Estado lhes dará posse de terras agrícolas e criará grandes empresas industriais para dar-lhes trabalho. Trabalharão três dias na semana e trabalharão duro, porque o trabalho honrado é mais importante do que lutar e só um trabalho assim produz bons cidadãos. Nos outros dias receberão instrução militar, e por sua vez instruirão todo o povo, para ensiná-lo a lutar. Então se a Pátria for invadida, tomando-se apenas o telefone do Palácio Nacional na Cidade do México, em meio dia se levantará todo povo mexicano em seus campos e fábricas, bem armado, equipado e organizado para defender seus filhos e lares. Minha ambição é viver minha vida numa dessas colônias militares cercado de meus queridos companheiros, que sofreram tanto e tão profundamente ao meu lado. Creio que desejaria que o governo estabelecesse uma fábrica de curtume, onde pudéssemos fazer boas selas e freios, pois sei como fazê-los; o resto do tempo, desejaria trabalhar na minha granjazinha, criando gado e semeando milho. Seria magnífico, creio, ajudar a fazer do México um lugar feliz”.

Trecho do livro México Rebelde de Jonh Reed
Págs. 161-162 - Edições Zumbi - 1959
Tradução: Mary Leite de Barros

Um exemplo da democracia (made in USA) no Iraque: 900 pessoas no corredor da morte

Segundo comunicado da Anistia Internacional, hoje no Iraque, existem mais de 900 pessoas condenadas a morte, sem direito a novos recursos.

Entre as pessoas condenadas a morte estão 17 mulheres.

"Em um país que já conta com uma das mais altas taxas de execução do mundo a possibilidade de que pode aumentar esta estatística de maneira significativa é realmente preocupante",

declarou Philip Luther, diretor adjunto de Anistia Internacional para Oriente Médio e Norte da África.

Há inúmeros casos que a Anistia Internacional denúncia a ausência de verdadeiros processos judiciais contra os acusados.

Nada diferente do que é praticado nos EUA, onde as câmaras de gás, as cadeiras elétricas e as injeções letais já mataram inúmeros inocentes.

Já ensinava o velho Pitagóras:

"Dê educação e não precisará de prisões".
Enquanto isso, nos 7 anos de ocupaçõ militar estadunidense no Iraque e no Afeganistão foram gastos U$ 140 bilhões.

Leia mais no site Rebelion (em espanhol).

Imagem do dia - Humor

Peguei essa imagem no blog do meu estimado amigo e irmão Anderson Nogueira, editor do Blog de Sociologia.

8.12.09

Imagem do dia - Atualidades


Grécia - Estudantes entram em confronto com a polícia na Grécia. Há meses um conflito entre estudantes e o governo Grego tem se desenvolvido entorno da aplicação na Grécia das diretrizes educacionais da União Européia (UE), também conhecidas como Processos de Bolonha.


Os chamados Processos de Bolonha são uma série de orientações estabelecidas pelos Ministros da Educação dos países da UE numa reunião realizada na cidade italiana de Bolonha. Essas diretrizes que visam "harmonizar" os diplomas universitários entre os diferentes países membros, ao mesmo tempo que "modernizar os curriculos" para os novos tempos.

Os estudantes acusam esses processos de serem a quebra/destruição dos diplomas nacionais e também a precarização dos curriculos acadêmicos. Para enfrentar a aplicação dessas medidas os estudantes gregos organizam mobilizações, protestos e ocupações de universidades, sendo duramente reprimidos pela polícia.


Fonte da imagem: Diário de Notícias (Portugal)

7.12.09

O significado da liberalização dos mercados agrícolas

O vídeo abaixo é um curto mais poderoso depoimento do escritor e jornalista uruguaio, Eduardo Galeano sobre a questão do arroz no Haiti.

Eduardo Galeano tem mais de 40 livros escritos. Colaborou muito com o jornal brasileiro de humor e sátira política Pasquim, no período da ditadura militar.

Ele é autor do espetacular livro “Veias Abertas da América Latina” que recentemente voltou a ser foco de comentários quando o presidente da Venezuela, Hugo Chávez presenteou o presidente dos EUA, Barack Obama durante uma cúpula de Chefes de Estados.

Em 1 minuto e 29 segundos Galeano explica que as imposições externas do Fundo Monetário Internacional sobre a política de abertura econômica do mercado Haitiano para o Arroz importado, sem proteções para os produtores locais foi devastadora.

É um exemplo prático do significado da política de liberalização econômica desenvolvida pelas instituições internacionais como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial.

Vale assistir. O vídeo está em espanhol.



Para saber um pouco mais sobre o escritor uruguaio, recomendo a leitura da coluna "Eduardo Galeano e o Brasil" do jornalista Ivan Lessa na BBC Brasil.

Quem quiser comprar o Veias Abertada da América Latina pode procurar na FNAC ou na Livraria Cultura. Quem consegue ler na internet pode baixar a obra em PDF clicando aqui.

O tamanho da crise mundial e o desemprego

A organização Internacional do Trabalho, órgão internacional da ONU da qual participam representantes dos trabalhadores, governos e patrões, sediado em Genebra acaba de divulgar o relatório "Mundo do Trabalho 2009 – A crise global do emprego e perspectivas" com os dados do desemprego global.

No relatório podemos ver a expansão do desemprego na crise do capitalismo internacional.

Segundo a OIT a "Crise cortou 20 milhões de empregos". O relatório demonstra que "quase 43 milhões de pessoas correm o risco de perder o emprego"

Conforme citado pela BBC Brasil, o relatório diz:
"O emprego nos países ricos não vai retornar aos níveis pré-crise antes de 2013. Nas economias emergentes, a recuperação dos níveis de emprego pode começar em 2010, mas não atingirá os índices anteriores à crise antes de 2011".
A OIT também explica que a crise de emprego persiste e que:
"é muito mais ampla do que os números sugerem".

Para a juventude, as perspectivas são sombrias. O relatório, que estudou a situação do emprego e desemprego em 51 nações diferentes explica que
"Experiências em relação às crises anteriores sugerem que esse risco é crítico principalmente para pessoas com baixa qualificação, imigrantes e trabalhadores com mais idade"
e informa também que
"Pessoas que entram agora no mercado de trabalho, incluindo jovens e mulheres, terão mais dificuldades para obter um emprego."
Para ler mais sobre o relatório da OIT, clique aqui.

Evo Morales, reeleito presidente da Bolívia com 63% dos votos



A reeleição de Evo Morales aprofunda o processo profundo de transformações da Bolíva. Evo, primeiro presidente de origem indigena da Bolívia, também ampliou a particiapação no Congresso Nacional.

Em declaração públicada pela BBC Brasil, afirma:
“Tivemos uma votação de 63% e nossa responsabilidade agora é ainda maior. Também ganhamos os dois terços (maioria consolidada) no Congresso Nacional, o que me obriga a acelerar o processo de mudanças”.

Afirmou ainda que a sua reeleição é:
“um justo reconhecimento aos governos e povos anti-imperialistas”.

Começando

Uma experiência de apoio para os estudantes pré-vestibulandos, é desse modo que vejo esse blog.

A proposta é simples: ser um instrumento de apoio aos estudantes para o aprofundamento de seus estudos.

Seu conteúdo será para ajudar vocês leitores a desbravarem novos conhecimentos na área de atualidades, em questões sociais de destaque e em fatos e dados históricos relevantes para o estudo para os Vestibulares e para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

Publicarei vídeos, imagens, músicas e links para deixar seu estudo mais dinâmico e multimídia.

É um espaço aberto para sugestões e dicas dos leitores. Torço para que gostem e que isso ajude nos seus estudos.